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Como estruturar um sistema de delivery e continuar as vendas

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Necessárias para conter o avanço do novo coronavírus, as medidas de isolamento acertaram os negócios em cheio. Empresas que antes atendiam apenas em pontos de venda físicos estão tendo de recorrer às entregas para se manter ativas. Antes de se aventurar no delivery, porém, é preciso planejamento.

A seguir, confira algumas dicas para adaptar a venda de mercadorias para as entregas. 

Explore os formatos disponíveis

Quando o assunto é delivery, a tendência pode ser pensar nos aplicativos de entrega de comida. Mas outros segmentos também têm alternativas para aderir ao formato. O consultor do Sebrae-SP Eder Max lembra que o próprio WhatsApp pode ser um aliado.

A versão business do aplicativo permite montar um catálogo de produtos e atender diretamente os pedidos. Há ainda plataformas, como o ZapCommerce e Olist, que facilitam o processo de venda por redes sociais. Para atender os menos familiarizados com tecnologia, vale também receber pedidos pelo bom e velho telefone. “Quanto mais canais de comunicação, melhor”, destaca o consultor.

Para os negócios que ainda não estão na internet, ele recomenda o cadastro no Google Meu Negócio, plataforma que exibe informações como telefone, endereço e site das empresas na plataforma de busca e no Google Maps.

Defina o meio de entrega

Assim como há aplicativos dedicados à entrega de comida, outras empresas oferecem o serviço de delivery para mercadorias de forma geral. Alguns exemplos são "Eu Entrego", Loggi, Lalamove e até o serviço de entrega de "qualquer coisa" da Rappi. Se for optar por uma delas, lembre-se de avaliar e comparar as taxas dos serviços.

O consultor lembra que fazer acordos informais com entregadores não é recomendado. “O ideal é sempre procurar uma empresa que possa certificar a segurança para você e para o cliente”, diz.

Entre os negócios pequenos, também é comum realizar as entregas por conta própria. “Dependendo do produto e da distância, muitos empreendedores têm saído com o próprio carro para entregar sem cobrar taxa”, afirma Max. Segundo ele, quanto menor for o custo de entrega, mais atrativa será a compra.

A rede de franquias 5àsec, por exemplo, já oferecia o serviço de delivery antes da pandemia de coronavírus. Quando a situação se agravou, passou a oferecer frete grátis aos clientes. "O formato oferece facilidade ao cliente, é um meio de subsistência das lojas e oferece um controle de profilaxia maior, já que os funcionários não têm contato externo a todo momento", diz Fábio Roth, presidente do conselho de administração da rede. 

Hoje, apenas 10 unidades no estado de Santa Catarina estão fechadas. Mesmo assim, o conselho de franqueados decidiu disponibilizar a gratuitade em todas as lojas do país. "Entendemos que o serviço de lavanderia é de importância pública nesse momento, então estamos focando nas soluções", diz Roth.

Atenção aos meios de pagamento

Segundo o consultor do Sebrae-SP, este deve ser um dos principais pontos de atenção de quem for começar a realizar entregas. Segundo ele, é preciso considerar bem as taxas e condições envolvidas em transações por plataformas de pagamento. “Quem nunca teve contato com o meio online pode se assustar com as taxas ou cair em armadilhas”, diz.

Outro ponto a ser avaliado são os prazos de recebimento, que podem ser maiores ou menores dependendo da plataforma ou até do contrato. “Em termos emergenciais, pode ser mais vantajoso arcar com uma taxa maior, mas receber de imediato”, indica Max.

Se for optar pelo dinheiro ou pela maquininha de cartão, lembre-se de adotar medidas de precaução, como a higienização constante do aparelho. Os cuidados, é claro, valem também para as mercadorias - e devem estar presentes em todo o processo.

Novos formatos trazem novos cuidados

Antes de sair despachando os produtos para entrega, lembre-se de que o formato traz suas particularidades. A nota fiscal do produto, por exemplo, deve continuar a acompanhá-lo. Max diz que também é importante ter provas de que o cliente recebeu o pedido, como um recibo assinado ou até mesmo uma foto. “Nesse momento, é importante se precaver de todas as formas para evitar mais estresse”, diz.

Ele recomenda também ficar atento ao Código de Defesa do Consumidor, que prevê, por exemplo, o direito à devolução de itens comprados online em até sete dias – o chamado direito de arrependimento. Nesse caso, a loja não pode cobrar o frete do cliente e fica responsável pela logística reversa.

Comunique-se com seus clientes

Se você está implementando um novo formato de venda, lembre-se de garantir que seus clientes ficarão sabendo sobre ele. As redes sociais são um aliado importante nessa hora – inclusive para transmitir segurança para quem for comprar os produtos. “Este é o momento de interagir com os clientes. Vale fazer vídeos, stories e lives com os produtos, até para mostrar que está seguindo as orientações de higiene”, diz Max.

O empreendedor Victor Cortez, 33 anos, é um dos que está apostando nessa conexão para conquistar a atenção dos clientes. Ele é fundador da loja Mundo Mágico, que vende itens temáticos de personagens de filmes e animações. Mais que produtos, porém, a essência do negócio estava na experiência oferecida nas quatro lojas, três em aeroportos e uma no Tatuapé, em São Paulo (SP). 

A solução foi aumentar os esforços nas redes sociais, criando uma campanha para 'espalhar a magia' e incentivando boas ações entre os clientes e seguidores. Junto a isso, passou a receber pedidos por WhatsApp, Facebook e Instagram, além das vendas online que já realizava. "A equipe é treinada para oferecer os produtos mais adequados para cada cliente, de acordo com a idade e os gostos, por exemplo", afirma. 

O modelo não compensa o fechamento das lojas físicas, mas oferece um alívio enquanto a situação não se normaliza. "Se eu conseguir faturar de 15% a 20% do que faturava só com essa dinâmica, já vou ficar satisfeito", desabafa.

Pense a longo prazo

Apesar das adaptações necessárias, o delivery é a solução ideal para os negócios se adaptarem no curto prazo. Para o médio e longo, pode ser interessante considerar aderir ao comércio eletrônico, seja por marketplaces ou pelo e-commerce.

No primeiro caso, a recomendação do consultor é ficar atento às taxas envolvidas e à própria precificação dos seus produtos. “Um prejuízo de cinco reais por produto pode passar despercebido nas vendas físicas, mas será um grande problema na venda online para 100 pessoas”, diz Max.

Já a criação de um e-commerce exige mais tempo e planejamento – algo em que o consultor recomenda apostar para os próximos meses. “Essa crise veio para despertar os brasileiros para o e-commerce. É um caminho sem volta”, afirma.

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios
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